O vinho em ânfora, também designado por vinho de ânfora, é, tal como o nome indica, um tipo de vinho produzido utilizando recipientes de barro chamados ânforas.
Surpreendentemente, ou talvez não, este tipo de recipientes tem sido usado na produção de vinho desde os tempos antigos.
O método é conhecido por produzir sabores e texturas únicos, e está a tornar-se cada vez mais popular entre os produtores de vinho contemporâneos.
As Origens
A história do vinho em ânfora remonta a milhares de anos.
Acredita-se que tenha começado na região da atual Geórgia por volta de 6.000 a.C.
Grandes recipientes de barro chamados “qvevri” eram usados para fermentar e armazenar o vinho.
Esta prática espalhou-se depois pela Grécia Antiga, Roma e outras culturas mediterrâneas.
As ânforas eram práticas para a época porque eram duráveis, fáceis de transportar e mantinham o vinho fresco.
Como Funciona a Produção de Vinho em Ânfora
O processo de produção de vinho em ânfora é distinto.
As uvas são colhidas e colocadas na ânfora, muitas vezes incluindo as películas e grainhas. Por outras palavras, a uva inteira.
Esta fermentação de uva inteira cria sabores intensos e complexos.
A ânfora é depois selada e, por vezes, enterrada no solo para manter uma temperatura estável.
A natureza porosa do barro permite que o vinho “respire”, promovendo uma fermentação natural e características únicas de envelhecimento, à semelhança das cubas em betão da WiseShape.
Ao contrário dos recipientes modernos de aço inox ou carvalho, as ânforas conferem tons terrosos e minerais ao vinho.
Características do Vinho em Ânfora
Os vinhos produzidos em ânforas têm um perfil de sabor distinto.
Frequentemente apresentam notas terrosas, minerais e, por vezes, ligeiramente oxidativas.
A textura pode ser mais rica e complexa devido ao contacto prolongado com as películas das uvas.
A produção de vinho em ânfora é frequentemente associada aos “vinhos naturais”, porque o processo geralmente envolve uma intervenção mínima, como o uso reduzido de produtos químicos ou conservantes.
Uma Tendência Crescente
Nos últimos anos, o vinho em ânfora tem ganhado popularidade entre os produtores de vinho modernos e os consumidores.
Existem várias razões para este ressurgimento:
- Ligação à Tradição: Muitos produtores são atraídos pelas raízes antigas da produção de vinho em ânfora. É uma forma de homenagear a história e criar um produto único;
- Sustentabilidade: Os recipientes de barro são considerados uma alternativa ecológica às cubas de aço inoxidável ou de carvalho. São reutilizáveis e produzidos com materiais naturais;
- Sabores Únicos: O sabor e a textura distintos do vinho em ânfora atraem consumidores que procuram algo diferente dos vinhos convencionais;
- Movimento do Vinho Natural: O aumento da produção de vinhos naturais e orgânicos fez com que os métodos do vinho em ânfora ganhassem destaque. Estes vinhos vão ao encontro da crescente procura por produtos minimamente processados;
- Apelo Artesanal: O uso de ânforas na produção do vinho requer habilidade e cuidado, acrescentando uma qualidade artesanal que muitos consumidores valorizam.
As ânforas são, por exemplo, muito utilizadas na produção do chamado “vinho de curtimenta.”
O Renascimento “Retro” Global
Atualmente, produtores de vinho de um pouco por todo o mundo estão a experimentar com o vinho em ânfora.
Embora a Geórgia permaneça como o coração da tradição, produtores na Itália, Espanha e mesmo nos Estados Unidos estão a começar a explorar e adoptar esta técnica antiga.
Assim sendo, a produção de vinho em ânfora é vista tanto como uma homenagem ao passado quanto como uma forma inovadora de criar vinhos com carácter.
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